domingo, 27 de julho de 2008

CONVERSAS DE Nº 1

CONVERSAS 1
Troca de e-mail(s)
Pessoas: Pancho, Landinho, Cheu, Savério, Dago, Sidão e Zé Arruda.
(03/07/08)
Lembro-me:Com respeito da Senhora sua mãe, idem do Senhor seu pai e o problema dos joelhos (conseqüência de uma pelada), da Senhora sua avó (religiosissíma), todos responsáveis pela formação do seu caráter, e abnegação com que se dedicava aos esportes e principalmente à arte de vencer.De sua irmã, do nosso saudoso Fabinho.Das brincadeiras: "Pega latinha", dos "aviões" de madeira girados, dos carrinhos de rolimã, das lutas de boxe (contemporâneas das vitórias do nosso Eder Jofre), dos torneios de ping-pong, depois tênis de mesa, da raquete butterfly, dos torneios gol à gol, dos fumacês com ramos de pé de chuchu, dos muros e telhados da vizinhança, dos pés descalços, lembro, lembro, lembro..............Eramos felizes e o sabíamos.Um forte abraçoPancho de sempre
(04/07/08)
Lembro disto tudo também, e muito bem mesmo!
Lembro muito bem, com enorme prazer e felicidade, pois estas coisas aconteceram numa fase que eu realmente vivi a turma e a nossa Esquina.
Mas muita coisa eu esqueci..., ou estão abusando da memória do velho... É impressionante ouvir as pessoas falarem de coisas que eu não lembro!
Mas a “outra” explicação que eu tenho é que minha “freqüência” na Esquina diminuiu muito a partir de 1962, que foi quando eu entrei no científico no Américo Brasiliense e comecei a praticar esportes mais a sério, treinando com regularidade.
Colégio, bomboniere do meu pai, treinamentos e etc., diminuíram o meu “tempo livre” dedicado à Esquina...
Em 1966, 3 madrugadas por semana eu ia fazer compras para a bomboniere do meu pai em São Paulo, antes de ir ao cientifico pela manhã, cursinho à tarde, aproveitava para estudar a sério em qualquer tempo livre, para poder entrar em uma boa escola, para recuperar o tempo perdido nas 2 repetências que tive no colégio!
Só “sobrava” tempo nos sábados e domingos a noite para desfrutar na Padaria Central o nosso chope e pizza... muito pouco para a Esquina
Foi um tempo que a grande parte do pessoal fala da Esquina, que eu não vivi mais intensamente como antes.
A partir de 1967, fazendo a Poli em São Paulo sobrava pouco tempo também. Em 1968, comecei a fazer também Física a noite na USP, ficando muito mais tempo por lá, pouco ficava na Esquina...
Aí os “caras” vem me mostrar uma foto de uma pelada de 1971, onde eu já estava casado e morando em São Paulo, e eles falam que eu sou um desmemoriado!!!
Eu quero ver se eles se lembram da gente, na Luiz Pinto Flaquer, nos dias de chuvas, matando no peito a água de enxurrada que descia pela rua, em frente da casa do Seu Faria?
Lembra do “consultório” do Seu Faria, onde a gente tinha conta corrente de tanto que se machucava?
Lembro de um braço quebrado depois de assistir o filme do Burt Lancaster chamado Trapézio, que a gente resolver também praticar lá na minha garagem!
Lembro do Fabinho com hepatite, portanto de repouso, e que a gente ia brigar no telhado na garagem para a minha mãe não apartar.
Lembro das nossas brincadeiras na serraria do seu Moreira, com o Robertinho, onde o pai deixava, mas os irmãos deles ficavam putos com a gente, pois sempre a gente quebrava uma ripa ou outra...
Lembro de caçadas de rã ao anoitecer lá atrás da linha do trem...
Lembro de pegar cobras verdes d’água, inofensivas, pendurar em fios de nylon e soltar das árvores da Campo Sales nas pessoas que passavam.
Lembro de ir caçar pombas na torre da Igreja do Carmo com uma espingarda belga chamada Flaubert!
Não me lembro de quem era a espingarda!!!
Alguém lembra?
Lembro das surras que levávamos, na bola ou no tapa, toda vez que íamos jogar contra o pessoal do Parque das Nações (clube Ouro Verde!).
É..., a gente era feliz, E SABÍAMOS!!!
Espero te encontrar nestes próximos encontros para matarmos a saudade!
Abraços / Orlando

(04/07/08)
Meus caros Pancho e Landinho,
Não posso dizer que me lembro de todas essas coisas, mas voces so não lembraram do galinheiro de poedeiras que havia no fundo do quintal da casa do Landinho. Eu me lembro do galinheiro e do canteiro com pés de tomates que Leonor cultivava. Estou certo ou falando bobagens?
Quero lhes dar uma sugestão: vamos colocar todas essas coisas no blog pra ver como fica. Entrem no endereço: http://esquina65.blogspot.com/
Abraços a todos.
Cheu

(04/0 7/08)
Meus bons e grandes amigos

Obrigado aos três por esta leitura rápida e tão agradável. Lembro-me, também, de muitas coisas que, pouco a pouco, irei pondo aqui.

Um abraço forte e bom fim de semana a todos
Dago

(DATA?)
Mais um pouco de SEÇÃO NOSTALGIA:Fiquei a noite pensando: Como pude me esquecer da formosa jabuticabeira que habitava o centro do quintal da casa do Landinho, e a frente da casa com o alpendre, o gramado e as roseiras? Lembro-me da grade de ferro do muro que separava o jardim da calçada, que ainda bem criança fui pular, caí, e quebrei o braço. Acho que eu tinha uns quatro anos. Essa queda ficou marcada na memoria.
Abraços
Cheu

Caros,
Bola de gude (popular fubeca - quem tinha uma "têga" fenomenal?) jogávamos nas calçadas que ainda não estavam cimentadas e na entrada do campinho. Ainda na Cesário Mota brincamos muito de "mãe da rua" e "uma na mula".
Nos meses de Junho as inesquecíveis quermesses (Colégio das freiras) e catar balões.
Abraços,
Savério


(06/07/08) Pessoal
Ontem fui fazer pão. A máquina que mistura pão tem um monte de pecinhas usadas para misturar a farinha e estava tudo meio enroscado.
Não deu outra!
Fiquei me lembrando da gente misturando farinha com água para fazer cola, que era usada para fazer papagaio e balão.
De vez em quando a gente nem tinha dinheiro para comprar papel de seda e lembro que fizemos muito balão de jornal..., e que mesmo muito pesado, subia...
Nem consigo me lembrar o número de balões e papagaios que fizemos!
Acho que o maior balão que fiz era um de 32 folhas..., de 2 bocas..., um zepelim.
Acho que o melhor papagaio que vi era um feito pelo Eloy, irmão de Decinho. Era um 14 bis de dar inveja. Estou correto?

Comecei a lembrar também do pião e das bolas de gude.
Onde é que jogávamos bola de gude?

Abraços / Orlando
(08/07/08) Landinho, Cheu, Pancho, Saverio e Zé Arruda.

Casa do Landinho:
Recordo principalmente do cigarro feito de folhas de xuxu (mencionado pelo Pancho). Das brigas do Fabinho. De um aro feito de arame para onde arremessávamos bola ao cesto. De uma caixa dágua que ficava no jardim lateral à casa, onde se tentava criar peixinhos. Do pão frito (óleo ou manteiga).
Fico pensando como os pais, principalmente a mãe suportava tantos moleques no quintal de suas casas.
Do "consultório" do seu Farias, lembro dos dedos amputados que ficavam boiando no formol, em um recipiente de vidro.
Sidão

(10/07/08) Meus caros,
Lembranças tétricas do Sidão (dedos amputados no formol). Seria parte do portfólio do Seu Faria?
Foi ele que extraiu a fisga de caçar rã do dedo do Marcolão.
Abraços,
Savério