quinta-feira, 19 de junho de 2008

caso 3

Estou relendo “O encontro marcado” de Fernando Sabino, escrito em 1956. Eu o li em 1964. Foi o Cheu que o indicou. Recordo-me que eu e o Celsinho estudávamos no Ginásio Duque de Caxias no período noturno e fizemos amizade com dois caras: o Mesquita e o Sidney (xará). Os pais deles trabalhavam na estrada de ferro Santos -Jundiaí; eles moravam em Ribeirão Pires. Matávamos aula e íamos a um bar na Rua Luiz Pinto Flaquer, ao lado do bilhar do Pascoal. Discutíamos a nossa existência. Lembro-me do Mesquita contando que seus pais o levaram a um psiquiatra - ele indignado pois, o psiquiatra pedia para ele se sentar numa poltrona mágica, onde com a imaginação ele viajaria e acabariam todos os problemas. Cerveja na mesa.
Rebatíamos para ele: vai ver que o psiquiatra pensa que, se você acreditar no que ele diz, seus problemas irão embora.
Só sei que imitando o encontro das personagens do livro, marcamos um encontro para 10 anos depois, na praça do Carmo. Anotamos em nossos cadernos. O encontro que deveria ocorrer em 1974 jamais aconteceu.
Cheguei a passar ali sozinho para tirar a dúvida, se alguém foi presente.
PS¹ : no ensino noturno só iam os que estavam defasados na idade e série, ou os que trabalhavam durante o dia.
PS²: ainda estou no começo da releitura do livro.

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